Repercussões no neonato da utilização de redes de descanso e posição prono

Claudenilksan Margarida Borges de Queiroz, Aldair Darlan Santos-de-Araújo, Lília Maria Ferreira Silva, José Augusto Gomes Silva Júnior, Daniela Bassi, Cícera Trindade Santos de Souza, Alice Sá Carneiro Ribeiro, Ana Carolina do Nascimento Calles

Resumo


Um posicionamento adequado influencia o desenvolvimento neurossensorial, proporcionando conforto, além de auxiliar na melhora da função respiratória de um recém-nascido (RN), o que por sua vez, também reduz a sensação dolorosa. O objetivo desta pesquisa consiste em verificar a utilização das redes de descanso e do posicionamento em prono no alívio da dor e no comportamento dos sinais vitais em recém-nascidos pré-termo (RCPT). Trata-se de pesquisa intervencionista com uma amostra de 20 recém-nascidos pré-termos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) do Hospital do Açúcar na cidade de Maceió (AL, Brasil). Avaliaram-se os sinais vitais e o escore de dor (escala NFCS - Sistema de Codificação da Atividade Facial Neonatal) antes e após os posicionamentos propostos. Esta pesquisa teve os seguintes resultados: ao comparar os valores iniciais e finais para cada variável entre as intervenções prono e redes de descanso, foi observada melhora significativa nos sinais vitais e na dor em ambos os posicionamentos, mas não houve significância estatística (p > 0,05) entre as intervenções, indicando que as mesmas causaram alterações semelhantes nos recém-nascidos. Os achados apontam a importância das mudanças de decúbito citados em RNPT estáveis internados em UTIN por se tratarem de métodos não invasivos e de baixo custo que proporcionam benefícios para o desenvolvimento como um todo desses RN.


Palavras-chave: Recém-nascido. Posicionamento. Unidade de terapia intensiva neonatal.


Texto completo:

PDF

Referências


Santos LM, Pereira MP, Santos LF, et al. Avaliação da dor no recém-nascido prematuro em Unidade de Terapia Intensiva. Revista Brasileira de Enfermagem. 2012;65(1):27-33.

Pessoa TA, Martins CB, Lima FC, Gaíva MA. O crescimento e desenvolvimento frente à prematuridade e baixo peso ao nascer. Avances em Enfermagem. 2015;33(3):401-11.

Cordeiro RA, Costa R. Métodos não farmacológicos para alívio do desconforto e da dor no recém-nascido: uma construção coletiva da enfermagem. Texto & Contexto – Enfermagem. 2014;23(1):185-92.

Oliveira BB, Fontes DA, Oliveira MG. Dor em neonatos durante a assistência fisioterapêutica. Revista Unilus Ensino e Pesquisa. 2015;12(28):101-4.

Alves FB, Fialho FA, Dias IM, Amorim TM, Salvador M. Dor neonatal: a percepção da equipe de enfermagem na unidade de terapia intensiva neonatal. Revista Cuidarte. 2013;4(1):1-5.

Motta GC, Cunha ML. Prevenção e manejo não farmacológico da dor no recém-nascido. Revista Brasileira de Enfermagem. 2015;68(1):131-5.

Santos MC, Gomes MF, Capellini VK, Carvalho VC. Avaliação materna da dor em recém-nascidos prematuros. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste. 2015;15(6):842-7.

Bezerra IF, Torres VB, Lopes JM, Baroni MP, Pereira SA. Assessment of the influence of the hammock on neuromotor development in nursing full-term infantis. Journal of Human Growth and Development. 2014;24(1):106-111.

Costa KS. Redinhas de descanso e ninho em prematuros: ensaio clínico randomizado. [Dissertação, Mestrado em Enfermagem] Brasília: Universidade de Brasília; 2016.

Dourado FP, Oliveira NR, Campos IR. Posicionamento de prono na melhora da função respiratória de recém-nascidos pré-termos: uma revisão de literatura. Revista Movimenta. 2015;8(3):303-12.

Malagoli RC, Santos FF, Oliveira EA, Bouzada MC. Influência da posição prona na oxigenação, frequência respiratória e na força muscular nos recém-nascidos pré-termo em desmame da ventilação mecânica. Revista Paulista de Pediatria. 2012;30(2):251-6.

Prado C, Vale L. Fisioterapia Neonatal e Pediátrica. Barueri: Manole; 2012.

Numa AH, Hammer J, Newth CJ. Effect of Prone and Supine Positions on Functional Residual Capacity, Oxygenation, and Respiratory Mechanics in Ventilated Infants and Children. American Journal of Respiratory Care Medicine. 1997;156:1185-9.

Vignochi C, Teixeira PP, Nader SS. Efeitos da fisioterapia aquática na dor e no estado de sono e vigília de recém-nascidos pré-termos estáveis internados em unidade de terapia intensiva neonatal. Revista Brasileira de Fisioterapia. 2010;14(3):214-20.

Costa KS, Beleza LO, Souza LM, Ribeiro LM. Rede de descanso e ninho: comparação entre efeitos fisiológicos e comportamentais. Revista Gaúcha de Enfermagem. 2016:37(esp):e62554.

Nettina SM. Pratica de enfermagem: distúrbios respiratórios pediátrico. 7ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2003.

Nascimento Junior FJ, Silva JV, Ferreira AL, Rodrigues AP. A síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido: fisiopatologia e desafios assistenciais. Cadernos de Graduação Ciências Biológicas e da Saúde. 2014;2(2):189-98.

Santana SM, Novais MA, Zucchi P. Internações hospitalares de neonatos com síndrome do desconforto respiratório e sua participação nas internações hospitalares no âmbito do sistema único de saúde em 2015. International Journal of Health Management Review. 2016;2(1):1-18.

Araújo FL, Manzo BF, Costa AC, Corrêa AR, Marcatto JO, Simão DA. Adesão ao bundle de inserção de cateter venoso central em unidades neonatais e pediátricas. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 2017;51:e03269.

Santos RR, Petresco S, Morais BG, Manzolli PP, Mota DM, Santos N. Achados comportamentais e cognitivos em crianças de 5 a 11 anos nascidas com baixo peso. Revista da AMRIGS. 2014;58(3):203-8.

Nazareth CD, Lavor MF, Sousa TM. Ocorrência de dor em bebês internados em unidade de terapia intensiva neonatal de maternidade terciária. Revista de Medicina da UFC. 2015;55(1):33-7.

Costa AA. Estudo comparativo de prematuros posicionados em Hammock (redinhas) e decúbito ventral [internet]. Disponível em: http://interfisio.com.br/?artigo&ID=153&url=Estudo-comparativ

-de-prematuros-posicionados-em-Hammock--(Redinhas)-e--decubito-ventral. Acesso: 15 de fevereiro de 2018.

Brunherotti MA, Martinez FE. Response of oxygen saturation in preterm infants receiving rib cage stabilization with an elastic band in two body positions: a randomized clinical trial. Brazilian Journal of Physical Therapy. 2013;12(2):105-111.

Ziade S, Toledo M, Rebelo C. No embalo da rede. Revista Eletrônica Minas Saúde. 2009;2(2):20-3.




DOI: https://doi.org/10.24863/rib.v9i2.127

Apontamentos

  • Não há apontamentos.