Ocorrência de enteroparasitas em chupetas de crianças em comunidade carente de Vitória de Santo Antão – PE

Brunno Maxwell Lorena Barros, Larissa Isabela Oliveira Souza, Luís Cláudio Nascimento da Silva

Resumo


Crianças em idade escolar é o grupo alvo das enteroparasitoses por apresentarem, normalmente, hábitos higiênicos mais precários e/ou ausência de imunidade à re-infecções. O presente trabalho objetivou aferir a frequência de ovos e cistos de enteroparasitas em chupetas de crianças de uma comunidade carente do município de Vitória de Santo Antão - PE e correlacioná-la com os fatores socioeconômicos e higiênicos envolvidos. Foram coletadas 47 chupetas de 42 crianças de ambos os sexos, e aplicados 33 questionários aos seus responsáveis. As chupetas foram coletadas e encaminhadas ao Laboratório de Parasitologia Clínica da Faculdade Pernambucana de Saúde (Recife, PE); onde as chupetas foram lavadas com solução detergente, e em seguida foi realizada a escovação e enxague das mesmas. O líquido resultante foi submetido à centrifugação a 5000 rpm. Após 5 minutos o sobrenadante foi desprezado e o sedimento examinado, em duplicata. Das 47 chupetas analisadas 17,02% estavam parasitadas, sendo os cistos de Entamoeba hystolitica (37,5%) e ovos de Ancylostoma sp. (25%) os parasitas mais frequentes. Cistos de Entamoeba coli e Giardia lamblia, e ovos de Enterobius vermiculares estiveram presentes em 12,5% das chupetas. 62,5% das chupetas parasitadas eram de crianças do sexo masculino. Foi observado correlação do parasitismo das chupetas com fatores higiênico-sanitário da população, reafirmando que é necessária á implantação de trabalho educativo higiênico-sanitário contínuo para conscientização da população.

 

Palavras-chave: Enteroparasitoses, Crianças, Chupetas.


Texto completo:

PDF

Referências


Andrade EC, Leite ICG, Rodrigues VO, Cesca MG. Parasitoses Intestinais: Uma revisão sobre seus aspectos sociais, epidemiológicos, clínicos e terapêuticos. Revista A. P. S. 2010;13(2):231-240.

Almeida AF, Onani KAA, Segura-Munoz SI, Santos VM, Takayanagui AMM. Adaptação ao Método de Ritchie para diagnóstico de Helmintos e Protozoários em amostras de lodo de esgoto com minimização de produtos químicos. Mundo saúde 2009;33(4):427-432.

Sudré AP, Franco BOP, Zaniboni B, Gonçalves DS, Santos FLA, Branco LG, Guerra RS, Neiva RC, Brener B. Estudo da contaminação de moedas e cédulas de dinheiro circulantes na cidade de Niterói-RJ. Rev. Patol. Trop. 2012;41(4):465-470.

Freitas AA. Avaliação parasitológica de alfaces (Lactuca ativa) comercializadas em freiras livres e supermercados do municipio de Campo Mourão, Estado do Paraná. Acta Sci. Biol. Sci. 2004;26:381-384.

Falavigna DLM, Freitas BR, Melo GC, Nishi L, Araújo SM, Vigna-Guilherme AL. Qualidade de hortaliças comercializadas no noroeste do Paraná, Brasil. Parasitol. Latinam. 2005;60:144 – 149.

Coelho LMPS, Oliveira SM, Sá MH, Milman A, Karasawa KA, Santos RP. Detecção de formas transmissíveis de enteroparasitas na água e nas hortaliças consumidas em comunidades escolares de Sorocaba, São Paulo, Brasil. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2001;34:479-482.

Coelho LMPS, Adair Sobrinho T, Oliveira SM, Ikegami MT, Yoshizumi AM, Nakamoto AYK, Brotto SA, Felberg S, Maiorano MR. Ovos e larvas de helmintos nos sanitários de pré-escolas municipais de Sorocaba, SP e suas freqüências nas fezes das crianças. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 1999;32:647-652.

Thyssen PJ, Moretti TC, Ueta MT, Ribeiro OB. Papel de insetos (Blattodea, Diptera e Hymenoptera) como possíveis vetores mecânicos de helmintos em ambiente domiciliar e peridomiciliar. Cad. Saúde Pública 2004;20:1096-1102.

Pedroso RS, Siqueira RV. Pesquisa de cistos de protozoários, larvas e ovos de helmintos em chupetas. J. Pediat., 73: 21-25, 1991.

Murta FL, Massara CL. Presença de ovos de helmintos intestinais em ônibus de transporte público em Belo Horizonte – Minas Gerais, Brasil. Rev. Patol. Trop. 2009;38:207-212.

Uchôa CMA. Parasitoses intestinais: prevalência em creches comunitárias da cidade de Niterói, Rio de Janeiro-Brasil. Rev. Inst. Adolfo Lutz. 2001;60(2):97-101.

Pinheiro RO. Ocorrência de parasitas entre crianças do pré-escolar de duas escolas em Vassouras, RJ. Rev. Bras. Farm. 2007;88:98-99.

Dornelles EVF, Vizzoto BS, Roggia I, Santos RCV. Condições Parasitológicas-Sanitárias de Chupetas de Crianças em Comunidades Carentes de Santa Maria-RS. NewsLab. 2006;76:142–156.

Murta FL, Massara CL. Presença de ovos de helmintos intestinais em ônibus de transporte público em Belo Horizonte – Minas Gerais, Brasil. Rev. Patol. Trop. 2009;38:207-212.

Nkrumah B, Nguah SB. Giardia lamblia: a major parasitic cause of childhood diarrhoea in patients attending a district hospital in Ghana. Parasit Vectors. 2011;4:163.

Belloto MVT, Santos Jr JE, Macedo EA, Ponce, A, Galisteu KJ, Castro E, Tauyr LV, Rossit ARB, Machado RLD. Enteroparasitoses numa população de escolares da rede pública de ensino do Município de Mirassol, São Paulo, Brasil. Rev. Pan-Amaz. Saúde. 2011;2(1):37-44.

Souza AI, Ferreira LOC, Batista Filho M, Dias MRFS. Enteroparasitoses, Anemia e Estado Nutricional em Grávidas Atendidas em Serviço Público de Saúde. Rev. Bras. Ginecol. Obstes. 2001;24(4):253-259.

Oliveira VF, Amor ALM. Associação entre a ocorrência de parasitos intestinais e diferentes variáveis clínicas e epidemiológicas em moradores da comunidade Ribeira I, Araci, Bahia, Brasil. Rev. Bras. Anál. Clin. 2012;44(1):15-25.

Berne AC, Scaini CJ, Vilela MM, Pepe MS, Haupenthal LE, Gatti F, Berne MEA. Presença de coccídios e outros enteroparasitos em uma população de crianças no município de Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. Rev. Patol. Trop. 2012;41(1):93-96.




DOI: https://doi.org/10.24863/rib.v8i1.29

Apontamentos

  • Não há apontamentos.