Frequência de dores osteomioarticulares em profissionais do transporte público de São Luis-MA

Lucidalva Alves Abreu, Sarah Tarcisia Rebelo Ferreira de Carvalho, Karla Virginia Bezerra de Castro Soares, Ana Lourdes Avelar Nacimento, Paulo Henrique Martins de Sousa, Maria Claudia Gonçalves

Resumo


Introdução: Os profissionais que trabalham com o transporte coletivo podem ser afetados por agentes físicos, químicos e biológicos que levam a implicações nos âmbitos orgânico-psicológico, podendo ocasionar múltiplas manifestações no sistema musculoesquelético, as patologias relacionadas à saúde ocupacional parecem estar intimamente ligadas a fatores intrínsecos ao ambiente do trânsito. Objetivo: Estimar a frequência de dores osteomioarticulares em motoristas do transporte público da cidade de São Luís - MA. Material e Método: Trata-se de um estudo de caráter quantitativo de delineamento transversal, a ser realizado com uma amostra de 38 cobradores e motoristas de uma empresa de ônibus atuante na cidade de São Luís-MA. Os dados foram obtidos através de questionários abordando informações sócio demográficas e ocupacionais dos participantes e também do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO). As variáveis qualitativas foram apresentadas por meio de frequências absolutas e percentuais. Os dados foram digitados e analisados no SPSS 18.0. Resultados:  A frequência de dores osteomioarticulares é de 92% em profissionais do transporte coletivo de São Luís-MA. O perfil é majoritariamente do gênero masculino (63%), com idade média de 47,9 anos, sendo que 87% possui ensino médio completo e 61% estado civil casado. Os fatores mais estressantes no desempenho da atividade do transporte público é o transito (42%). Dentre os profissionais apenas 29% relataram praticar algum tipo de atividade física, enquanto que dentre as doenças pregressas a mais prevalente vou a hipertensão arterial (42%). A região lombar foi a mais frequente dentre os motoristas que relataram algum tipo de dor (85%). Conclusão: Pode-se concluir que é elevado o número de profissionais que são acometidos pela sintomatologia dolorosa e que a região lombar é o principal sítio de acometimento.

 

Palavras-chave: Dor musculoesquelética, trabalho, saúde ocupacional.


Texto completo:

PDF

Referências


MACEDO, A, C. et al. On the effects of a workplace fitness program upon pain perception: a case study encompassing office workers in a Portuguese context. Journal of occupational rehabilitation, v. 21, n. 2, p. 228-233, 2011.

BACKES, M. T. et al. Conceitos de saúde e doença ao longo da história sob o olhar epidemiológico e antropológico. Rev. enferm. UERJ, v. 17, n. 1, 2009.

ROCHA, S. V; ALMEIDA, M. M. G.; ARAÚJO T. M. Prevalência de transtornos mentais comuns entre residentes em áreas urbanas de Feira de Santana, Bahia. Rev Bras Epidemiol, v. 13, n. 4, p. 630-40, 2010.

ROSSI, A. M.; QUICK, J. C.; PERREWÉ, P. L. Stress e qualidade de vida no trabalho: o positivo e o negativo. In: Stress e qualidade de vida no trabalho: o positivo e o negativo. Atlas, 2009.

BARCZAK, R.; DUARTE, F. Impactos ambientais da mobilidade urbana: cinco categorias de medidas mitigadoras. Rev. Bras. Gest Urbana, Curitiba, v. 4, n. 1, p. 13-32, Jun., 2012.

CAVAGIONI, L. C. et al. Health problems, hypertension and predisposition to stress in truck drivers. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 43, n. SPE2, p. 1267-1271, 2009.

FASSA, A. G.; FACCHINI, L. A.; BREITENBACH, F. Prevalência de hipertensão arterial entre motoristas de ônibus em Santa Maria, Rio Grande do Sul. RBSO, v. 33, n. 118, p. 32-39, 2008.

GUARDIANO, J.; CHAGAS, T. Z.; SLOMP JUNIOR, H. Avaliação da perda auditiva em motoristas de ônibus de Curitiba. Revista CEFAC, v. 16, n. 1, p. 50-54, 2014.

ASSUNÇÃO, A. A.; SILVA, L. S. Condicoes de trabalho nos onibus e os transtornos mentais comuns em motoristas e cobradores: Regiao Metropolitana de Belo Horizonte- MG. Cadernos de Saúde Pública, v. 30, n. 4, p. 899-899, 2013.

PINHEIRO, F. A. et al. Validação do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares como medida de morbidade. Rev Saúde Pública, v. 36, n. 3, p. 307-12, 2002.

DE VITTA, A. et al. Sintomas musculoesqueléticos em motoristas de ônibus: prevalência e fatores associados. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 26, n. 4, p. 863-871, 2013.

LEMOS, L. C.; MARQUEZE, E. C.; MORENO, C. R. C. Prevalência de dores musculoesqueléticas em motoristas de caminhão e fatores associados. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. 39, n. 129, p. 26-34, 2014.

GUTERRES, A. et al. Prevalência e fatores associados a dor nas costas dos motoristas e cobradores do transporte coletivo da cidade de Pelotas-RS. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 16, n. 3, p. 240-245, 2012.

QUEIRÓGA, M. R.; MICHELS, G. B. A influência de características individuais na incidência de dor músculo-esquelética em motoristas de ônibus da cidade de Londrina-PR. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 4, n. 2, p. 49-61, 2012.

SILVA, M. O. Pobreza, desigualdade e políticas públicas: caracterizando e problematizando a realidade brasileira. Revista Katálysis, v. 13, n. 2, p. 155-163, 2011.

CARNEIRO, L. R. V. et al. Sintomas de distúrbios ostemomusculares em motorista e cobradores de ônibus. Rev. bras. cineantropom. desempenho hum, v. 9, n. 3, 2007.

COSTA, M. M. et al. Excesso de peso em motoristas de ônibus da rede urbana. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 19, n. 1, p. 42-51, 2011.

TAMRIN, S. B. M. et al. Association of risk factors with musculoskeletal disorders among male commercial bus drivers in Malaysia. Human Factors and Ergonomics in Manufacturing & Service Industries, v. 24, n. 4, p. 369-385, 2014.

SILVA, A. M. B.; KELLER, B.; COELHO, R. W. Associação entre pressão arterial e estresse percebido em motoristas de ônibus. Rev Bras Epidemiol, v. 21, n. 4, p. 149-154, 2013. 21.

ASSUNÇÃO, A. A.; MEDEIROS, A. M. Violência a motoristas e cobradores de ônibus metropolitanos, Brasil. Rev Saúde Pública, v. 49, n. 1, p. 1-10, 2015.

ALQUIMIM, A. F. et al. Avaliação dos fatores de risco laborais e físicos para doenças cardiovasculares em motoristas de transporte urbano de ônibus em Montes Claros (MG). Ciência & Saúde Coletiva, v. 17, n. 8, p. 2151-2158, 2012.

MACEDO, C. S. G.; BATTISTELLA, L. R. Impacto da lombalgia na qualidade de vida: estudo comparativo entre motoristas e cobradores de transporte coletivo urbano. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 6, n. 3, p. 82, 2012.




DOI: https://doi.org/10.24863/rib.v8i1.27

Apontamentos

  • Não há apontamentos.