PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE UM HOSPITAL PRIVADO DE SÃO LUÍS-MA

Wellison Amorim Pereira, José Augusto Rodrigues de Almeida, Raíssa Guará Assunção, Elizângela Araújo Pestana Motta

Resumo


Resumo. Introdução: A automedicação tem sido objeto de muitas pesquisas e assume uma importância maior quando é realizada por profissionais de saúde, principalmente pelo acesso aos medicamentos. Objetivo: Considerando a automedicação como um problema de saúde pública e a importância de conhecer a ocorrência desta prática por aqueles profissionais, este estudo objetivou avaliar a prevalência da automedicação e os fatores associados em profissionais de saúde de um hospital privado em São Luís, Maranhão. Metodologia: Caracteriza-se por um estudo transversal, com coleta de dados por meio de questionário autoaplicável, com perguntas abertas e fechadas, no período de fevereiro a abril de 2015. Resultados: Dos 120 profissionais entrevistados, 73,3% (n=88) faziam uso da automedicação, sendo 80% (n=96) mulheres; 45% (n=54) tem ensino médio completo, 36,7% (n=44) possuem renda de até 3 salários, 33,3% (n=40) técnicos de enfermagem e 47,5% (n=57) trabalhavam em dois turnos. Os principais problemas de saúde apontados para o autocuidado foram a cefaléia 42% (n=37), infecções ou inflamações 36,4% (n=32) e gripe ou resfriado 35,2% (n=31). Conclusão: Esta pesquisa aponta para um elevado consumo de medicamentos entre profissionais de saúde, principalmente no ambiente hospitalar.  Ressalta-se aqui a figura do farmacêutico, a fim de elucidar dúvidas quanto ao tratamento, visando o uso racional e correto de medicamentos.


Texto completo:

PDF

Referências


Laporte JR, Tognoni G, Rosenfeld S. Epidemiologia do medicamento: princípios gerais. São Paulo: HUCITEC-ABRASCO, 1989. 293p.

Castro CGSO. Estudos de utilização de medicamentos: noções básicas. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2000. 90 p.

Barros JAC. A (des)informação sobre medicamentos: o duplo padrão de consulta da indústria farmacêutica. Cadernos de Saúde Publica, 2000;16(2):110-119.

World Health Organization. The rational use of drugs: report of the conference of experts. Nairobi 1985 Jul 25-29. Geneva: WHO; 1987.

Mintzes B. Consumer-oriented information. In: Bonati, M. & Tognoni, G., ed. Health Information Centres in Europe: What is their status? How should they develop? Milan, Regional Drug Information Centre/Instituto di Richerche Farmacologiche "Mario Negri/International Society of Drug Bulletins, 1994. [Report of the workshop held at the Clinical Research Center for Rare Diseases, Ranica, Bergamo, 1994].

Barros JAC. Propaganda de medicamentos: atentado à saúde? São Paulo: Hucitec/Sobravime; 1995.

Bush PJ, Osterweis M. Pathways to medicine use. J Health Soc Behav 1978;19(1):17-89.

Bush PJ, Rabin DL. Who’s using nonprescribed medicines? Med Care 1976;14(10):14-23.

Johnson RE, Pope CR. Health status and social factors in nonprescribed drug use. Med Care 1983;21(1):22-33.

Lam CLK, Catarivas MG, Munro C, Lauder IJ. Self- medication among Hong Kong Chinese. Soc Sci Med 1994;39(1):16-41.

Segall A. A community survey of self-medication activities. Med Care 1990;28(2):301-315.

Tomasi E. et al. Condições de trabalho e automedicação em profissionais da rede básica de saúde da zona urbana de Pelotas, RS. Rev. Bras. Epidemiol. Rio Grande do Sul, 2007;10(1):66-74.

Loyola Filho AI., et al. Prevalência e fatores associados à automedicação: resultados do Projeto Bambui. Rev. Saúde Pública. São Paulo, 2002;36(1): 55-62.

Vilarino JF. et al. Perfil da automedicação em Município do Sul do Brasil. Rev. Saúde Pública, Rio Grande do Sul, 1998;32(1):43-49.

Paredes NP, Miasso AI, Tirapelli CR. Consumption of benzodiazepines without prescription among first-year nursing students at the University of Guayaquil, school of nursing, Ecuador. Rev. Latino-am Enfermagem. São Paulo, 2008;16(1):634- 639.

Zubioli, A. Profissão: farmacêutico. E agora? Curitiba: Lovise Editora, 1992. p.45-54.

CIM, Centro de Informação sobre Medicamentos. Avaliação de problemas de saúde leves e autolimitados. CIM Formando n° 02 - Mai/Jun/Jul/Ago de 2007.

Zubioli A. O farmacêutico e a automedicação responsável. Pharmacia Brasileira - Set/Out 2000.

Barros ARR, Griep RH, Rotenberg L. Automedicação entre os trabalhadores de enfermagem de hospitais públicos. Ver Latinoam Enferm, 2009;17(6):15-22.

Loyola Filho AI, Uchoa E, Gurra HL, Firmo JOA, Lima-Costa MF. Prevalência e fatores associados à automedicação: resultados do projeto Bambuí. Revista de Saúde Pública,2002;36(1), 55-62.

Bush PJ, Osterweis M. Pathways to medicine use. J Health Soc Behav 1978;19(1):79-89.

Loyola Filho AI, Uchoa E, Firmo JOA, Lima-Costa MF. Estudo de base populacional sobre o consumo de medicamentos entre idosos: Projeto Bambuí. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, março/abril, 2005; 21(2):545-553.

Rozenfeld S. Prevalência, fatores associados de mal uso de medicamentos entre idosos: uma revisão. Cad Saúde Pública RJ 2003;19(3):17-24.

Sá MB, Barros JAC, Oliveira Sá MPB. Automedicação em idosos na cidade de Salgueiro – PE. Rev Bras Epidemiol, 2007;10(1):75-85.

Figueiras A, Caamaño F. Sociodemographic factors related to self-medication in Spain. Eur J Epidemiol 2000;16(2):19-26.

Leite SN, Vieira M, Veber AP. Drug utilization studies: a synthesis of articles published in Brazil and Latin America. Cienc saude coletiva, 2012;13(0):793-802.

Baggio MA, Formaggio FM. Self-medication: Showing self carelessness by nursing professionals. Rev Enferm Uerj, 2012;17(2):4-8.

Barros ARR, Griep RH, Rotenberg L. Automedicação entre os trabalhadores de enfermagem de hospitais públicos. Rev Latino-Am Enfermagem, 2009;17(6):15-22.

Silva LSF, Costa AMDD, Terra FS, Zanetti HHV, Costa RD, Costa MD. Self-medication made by undergraduate degree courses of a private university’s health area in the Minas Gerais’ southern. Odontol clin cient, 2012;10(1):57-63.

Bock L, Tarantino M. Atração: o brasileiro exagera nos remédios, consumindo-os sem consultar o médico e colocando sua saúde em risco. Isto é.,v.1671, 2001.

Lopes NM. Automedicação: algumas reflexões sociológicas. Sociologia, Problemas e Práticas, 2001;37(2):41-65.

Tomasi E, Sant’anna GC, Oppelt AM, Petrini RM, Pereira IV, Sassi BT. Condições de trabalho e automedicação em profissionais da rede básica de saúde da zona urbana de Pelotas, RS. Rev Bras Epidemiol 2007;10(1):66-74.

Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação do Mercado Farmacêutico -ICTQ. Pesquisa sobre uso racional de medicamentos no Brasil. 2014.

Santos B. Este consumo que nos consome – olhares sobre a sociedade de consumo atual. Porto, Campo das Letras, 2006.

Casagrande EF, Gomes EA, Lima LCB, Oliveira ME, Oliveira RN, Riani RLA, Oliveira TB, Pinheiro RO. Estudo da utilização de medicamentos pela população universitária do município de Vassouras (RJ). Infarma, 2004;16(5/6):86-88.

Martins ERC. As substâncias psicoativas e o trabalhador de enfermagem. [Dissertação]. Rio de Janeiro: Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ, 2006 [cited 2015 Mar 20].

Paulo LG, Zanini AC. Automedicação no Brasil. Revista Ass Méd Brasil, São Paulo,1997;34(2):69-75.

Peixoto JB. Automedicação no adulto. Universidade Fernando Pessoa, Ponte de Lima, 2008.

Marques FB. Medicamentos e Farmacêuticos. Lisboa, Campo da Comunicação. 2006.

Organização Mundial de Saúde. O passado e o futuro dos medicamentos, editorial, Revista a Saúde do Mundo, 1998.

Pin JG. O profissional de enfermagem e a dependência química por psicofármacos: uma questão de saúde do trabalhador. [Dissertação]. Rio de Janeiro (RJ): Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ; 1999.

Ritu P. et al. An online exploratory study of self medication among pharmacy graduates in India. Int. J. Drug Dev. & Res., 2011;3(4):200 - 207.

Ebrahim A, Balbisi EA, Ambizas EM. Self-prescribing of noncontrolled substances among pharmacists. Am J Health-Syst Pharm, Bethesda, 2005;62(1):08-11.

Schneider M, Gallacchi MB, Goehring C, Künzi B, Bovier PA. Personal use of medical care and drugs among Swiss primary care physicians. Swiss Med Wkly 2007;137(7):21-61.




DOI: https://doi.org/10.24863/rib.v10i2.216

Apontamentos

  • Não há apontamentos.