Perfil epidemiológico dos casos de intoxicação notificados no Estado do Maranhão

Lucas Abrantes Batista, Mírian Débora Rodrigues de Sousa, Ríndhala Jadão Rocha, Eliza Maria da Costa Brito Lacerda

Resumo


Cada tipo de intoxicação apresenta um perfil de prevenção diferente que depende de variáveis como faixa-etária e sexo para ser eficiente, por isso estudar as características de cada tipo de intoxicação em regiões específicas ajuda na criação de políticas públicas de prevenção. O objetivo desse trabalho foi descrever o perfil epidemiológico de intoxicações exógenas notificadas pelos SUS no estado do Maranhão – Brasil entre os anos 2007 e 2015. Para tanto foram estudas todas as notificações de intoxicação exógenas disponíveis na plataforma DATASUS entre 2007 e 2015. As variáveis idade, sexo, município de notificação, agentes tóxicos e evolução da intoxicação foram estudas nos 2311 casos de intoxicação notificados. Os principais achados desse estudo indicam que os grupos mais acometidos por essas intoxicações são pessoas do sexo feminino, crianças entre 1 e 4 anos e adultos entre 20 e 39 anos. Os medicamentos estão entre os principais causadores de intoxicação exógena. Nos casos que evoluíram para óbito, os raticidas e os agrotóxicos são os mais notificados. Esses dados nos informam de uma atenção especial que precisa ser tomada com substâncias que aparentemente são inofensivas, mas que fazem parte da rotina dos maranhenses.

 

Palavras-chave. Intoxicação exógena. Saúde pública. Agentes tóxicos


Texto completo:

PDF

Referências


Almeida CF, Araújo ES, Soares YC, Diniz RLC, Fook SML, Vieira KVM. Perfil epidemiológico das intoxicações alimentares notificadas no Centro de Atendimento Toxicológico de Campina Grande, Paraíba. Rev. bras. epidemiol., v. 11, n. 1, p. 191-193, 2008.

Zambolim CM, Oliveira TP, Hoffmann AN, Vilela CE, Neves D, Dos Anjos FR et al. Exogenous intoxications profile in a university hospital. Rev Med Minas Gerais, v. 18, p. 5-10, 2008.

Oliveira FFS, Suchara EA. Epidemiological profle of exogenous poisoning in children and adolescents from a municipality in the state of Mato Grosso. Ver. Paul. Pediatr., v. 32, n. 4, p. 299–305, 2014.

Ferreira MC, Figueiredo MAA. Epidemiologia das intoxicações humanas por raticidas no Brasil. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, v. 4, n. 3, p. 861-870, 2013.

Mendes LA, Pereira BB. Intoxicações por medicamentos no Brasil registradas pelo SINITOX entre 2007 e 2011. J. Health Biol. Sci., v. 5 n. 2, p. 165-170, 2017.

Oliveira MLF, Silva AA, Ballani TSL, Bellasalma ACM. Sistema de notificação de intoxicações: desafios e dilemas. In: Peres, F., and Moreira, JC., orgs. É veneno ou é remédio?: agrotóxicos, saúde e ambiente [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2003. p. 303-315.

Fiocruz. Casos registrados de intoxicação humana por agente tóxico e sexo. região centro-oeste, 2010b [visualizada em 13 de fevereiro de 2014]. Disponível em: http://www.

focruz.br/sinitox_novo/media/co6.pdf

Bochner R, Souza VMFA. Panorama das intoxicações e envenenamentos registrados no Brasil pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX). Revista Racine, v. 18, n. 106, p. 44-58, 2008.

Costa AO, Alonzo, HGA. Casos de exposições e Intoxicações por medicamentos registrados em um Centro de Controle de intoxicações do interior do Estado de São Paulo. Rev. Bras. Pesq. Saúde, v. 17, n. 2, p. 52-60, 2015.

Schramm JMA, Oliveira AF, Leite IC, Valente JG, Gadelha AMJ, Portela MC et al. Trasição epidemiológica e o estudo de carga de doença no Brasil. Cien. saúde colet., v. 9, n. 4, p. 1413-8123, 2004.

Moraes ACL. Contribuições para o estudo das intoxicações por carbamatos: o caso do chumbinho no Rio de Janeiro [Dissertação]. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública; 1999

Werneck GL. Hasselmann MH, Phebo LB, Vieira DE, Gomes VLO. Tentativa de suicídio em um hospital geral no Rio de Janeiro, Brasil. Cad. Saude Pública.,v. 22, n. 10, p. 2201-2206.

Almeida DP, Bauli JD, Nicolau FAP, Oliveira MLF. Perfil das ocorrências toxicológicas em idosos, Centro de Controle de Intoxicações de Maringá, 2005. Arq. Mudi., v.10, n.1, p.114-115, 2006.

Santos AC, Manchinski Junior M. Perfil epidemiológico dos casos de intoxicação alimentar no Brasil, 2007-2012. Blucher Food Science Proceedings, v. 1, n. 1, p. 1-3, 2014.

Malaspina FG, Zinilise ML, Bueno, PC. Perfil epidemiológico das intoxicações por agrotóxicos no Brasil, no período de 1995 a 2010. Cad. Saúde Colet., v.19, n. 4, p. 425-434, 2011.

Fonseca CA, Pardal PP. Adolescents’ chemical poisonings [visualizada em 13 de fevereiro de 2014]. Disponível em: http://fles.bvs.br/upload/S/0101-5907/2010/v24n3-4/a2327.pdf

Nascimento ZA. Desenvolvimento infantil: a importância do imaginário, da família e da escola [Monografia]. Rio de Janeiro: Universidade Cândido Mendes; 2009.

Diel C, Facchini LA, Dall’agnol MM. Inseticidas domésticos: padrão de uso segundo renda per capta. Ver. Saúde. Pública., v. 37, n. 1, p. 83-90, 2003.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 104 de 26 de janeiro de 2011. DOU Nº 18, seção I, pg. 37 e 38, quarta-feira, 26 de janeiro de 2011.

, 2008.




DOI: https://doi.org/10.24863/rib.v9i2.121

Apontamentos

  • Não há apontamentos.