Seleção de fungos quanto à capacidade de utilização de corantes

Linkia Maura Silva de Almeida, Rita de Cássia Mendonça de Miranda, Wolia Costa Gomes

Resumo


As indústrias têxteis têm como característica principal o uso de água e corantes sintéticos em grande escala, posteriormente gerando uma alta demanda de efluentes contaminados. O lançamento direto desses efluentes, misturados com corantes sintéticos em corpos hídricos, trazem graves impactos ao ambiente aquático, tornando-o altamente tóxico, com alta carga orgânica, DBO e DQO elevadas e impedindo a fotossíntese, além de serem mutagênicos e carcinogênicos ao homem. Esses impactos negativos exigem buscas por conhecimento sobre o melhor tratamento para remediar ambientes contaminados e, dentre os mais variados tipos de tratamento, o biológico (biorremediação), empregam-se fungos e/ou bactérias e as enzimas que eles produzem para remoção de substâncias recalcitrantes. O objetivo do trabalho foi analisar essa capacidade de descoloração e avaliar a toxicidade. Os fungos testados apresentaram diferentes taxas de descoloração, o Penicillium F2 se mostrou mais eficiente que o Penicillium F4. Avaliando a toxicidade dos metabólitos gerados por meio da descoloração, utilizou-se a bactéria Escherichia coli com a finalidade de observar se os metabólitos gerados da descoloração do meio tinham propriedades mutagênicas, e para isso os fungos foram inoculados em meio mineral, utilizando-se o corante como fonte de carbono e comparados com os controles positivo (Ciprofloxacina) e controle negativo (PBS). Após 48 horas de incubação observou-se que as amostras não apresentaram toxicidade; apenas a Ciprofloxacina apresentou mutagenicidade.


 

 


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DOI: https://doi.org/10.24863/rccp.v31i1.188

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